As operações de M&A não são uma exclusividade apenas das grandes corporações ou de companhias reconhecidas nacionalmente e mundialmente. Elas também podem ser uma ferramenta de crescimento e expansão para empresas de menor porte.
As fusões e aquisições muitas vezes são o caminho para que negócios com alcance mais regionalizado possam adentrar outros mercados e ampliar suas operações. Neste artigo, vamos entender um pouco mais sobre isso.
O que leva uma pequena ou média empresa a passar por um processo de fusões e aquisições?
Podemos considerar uma série de fatores que motivam as microempresas a cogitar uma fusão ou aquisição como estratégia de crescimento, seja a médio ou longo prazo.
Quando um pequeno negócio sente a necessidade de dar um passo adiante no seu processo de expansão, mas percebe que ainda não tem a robustez necessária para fazer isso por conta própria, se juntar a uma organização maior é uma alternativa que pode acelerar essa caminhada.
Isso ocorre, por exemplo, quando aquele comércio da sua cidade passa a integrar uma grande rede nacional, seja vendendo parte das suas operações para este grupo ou realizando uma integração entre as duas partes.
A regionalização é uma característica muito presente nas pequenas empresas, que geralmente atuam apenas em uma única praça. Quando há o desejo de ampliar este raio de atuação, as operações de M&A também surgem como uma opção viável.
É bem possível, ainda, que companhias de menor porte não possuam fluxos e processos operacionais devidamente profissionalizados, até mesmo por uma disposição financeira mais limitada. Essa também pode ser uma das razões que levam esses negócios a ir em busca de parceiros que possam adquiri-los ou se unir a eles para aprimorar seus funcionamentos.
Situações inversas também ocorrem com frequência, com grandes conglomerados mundiais buscando adquirir pequenas empresas a fim de intensificar seu poder de mercado. Google, Amazon e Microsoft são apenas algumas que figuram nessa relação.
Transações que já ocorreram ao longo da história.
Se formos traçar uma linha do tempo e fazer uma recapitulação histórica, muitas fusões e aquisições de pequenas e médias empresas não só acontecem há vários anos, como também acabaram fazendo parte das nossas vidas de alguma forma.
Muito antes do termo “Transformação Digital” se popularizar, companhias ligadas ao setor tecnológico já movimentavam o mercado de M&A e buscavam fixar suas propostas de crescimento com negociações que transformaram definitivamente este cenário.
Quase todo mundo se lembra quando o Youtube surgiu, ainda na primeira década dos anos 2000, com uma proposta totalmente diferente para a época, o que levou a um crescimento inevitável.
Mas, muito antes da plataforma de vídeos mais famosa se tornar o gigante que é hoje, o Google, atento à sua rápida adesão entre os usuários, realizou sua aquisição por uma quantia de quase 2 bilhões de dólares — isso em 2006.
Uma das marcas mais bem-sucedidas em hospedagem de sites, a Locaweb, também sedimentou boa parte da sua progressão empresarial com uma tática que consistiu na compra de cerca de 20 startups.
Certamente, você já se deparou com o “Guaraná Jesus” na prateleira de algum supermercado. Mas, há um tempo, você só ouviria falar deste produto se fizesse uma visita ao Maranhão — seu estado de origem e local onde se tornou um souvenir turístico.
Isso só ocorreu até a Coca-Cola entrar na história e adquirir a tradicional bebida maranhense, há cerca de 22 anos, e garantir o passaporte para a sua nacionalização, com um plano de distribuição que se iniciou em São Paulo, Minas Gerais e Paraná.
No ramo de locação de veículos, a Localiza também é um exemplo de uma empresa que começou pequena, na década de 70, e foi crescendo com o passar dos anos, apoiada também numa estratégia de aquisição.
Pouco a pouco, ela foi adquirindo seus concorrentes de menor porte e, recentemente, deu um salto na sua expansão ao atuar em parceria com a Hertz. O resultado? Mais de 500 agências espalhadas em diversos países e a consolidação como uma das maiores do continente no segmento.
Vale mesmo a pena vender, comprar ou se integrar a pequenas e médias empresas?
Diante dos exemplos trazidos, é possível concluir que muitas transações envolvendo empresas de pequeno ou médio porte tiveram um desfecho positivo e resultaram em crescimento para as duas partes envolvidas no processo — tanto a adquirida quanto a adquirente.
É importante entender quais os objetivos delineados no plano de negócios e se as fusões e aquisições são ferramentas estratégicas que possibilitem que eles sejam alcançados com uma maior eficiência.
Uma dica para você que ainda tem alguma dúvida, é buscar uma Advisory para buscar informações mais aprofundadas sobre o assunto e verificar possibilidades de mercado que podem ser vantajosas para o crescimento do seu negócio.