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Como funciona o processo de venda de Startups?

7 outubro, 2022
Como funciona o processo de venda de Startups?

Em agosto de 2022, as startups brasileiras conseguiram captar US$ 174,2 milhões em investimentos. Segundo a edição do estudo Inside Venture Capital, da plataforma de inovação Distrito em parceria com o Bexs Banco, esse volume foi alcançado em 43 rodadas de investimento, sinalizando 80,2% inferior ao registrado em igual período do ano passado. 

Por isso, neste post, vamos explicar como funciona a etapa de venda de startups, além de explicar as etapas mais típicas nesse processo. 

Como funciona o processo de venda de Startups

Preparação e pesquisa 

Começa com o entendimento do negócio, do mercado e, claro, do histórico de transações, depois vem a organização de informações para a construção das estratégias sobre a startup e, por fim, a identificação do perfil de comprador, que faz com que possuam mais entendimento no momento da compra. 

Contato e Negociação

Nesta parte acontece a interação com potenciais compradores, e quando o processo começa a se encaminhar, as negociações com as empresas interessadas na transação também se tornam um tópico importante. Após a negociação, chega a parte da assinatura do contrato não-vinculante com as condições gerais da operação.

Due Diligence e Fechamento

Por fim, acontece a avaliação mais minuciosa (e nos mínimos detalhes) da empresa para descoberta de buracos abertos e/ou problemas não resolvidos (se houver), assim acontece a definição das condições finais da operação e, finalmente, a assinatura do SPA e a comunicação ao mercado.

As etapas típicas do M&A nas Startups

Como é um processo complexo e difícil, muitas dúvidas surgem por conta de cada etapa demandar bastante energia, tanto no buy-side como no sell-side. Por isso, é importante lembrar que em um processo de M&A, existem dois lados com motivações diferentes: o buy-side (comprador) e o sell-side (vendedor). 

Para exemplificar melhor, iremos mostrar em um panorama, como as etapas se tornam essenciais para que a transação ocorra da melhor maneira. 

  1. Pré-Diligência: Análise do time, mercado, potenciais contingências jurídicas e contábeis. 
  2. Setup dos materiais do deal: Descoberta dos materiais financeiros, teaser, preparação do data room. 
  3. Contato com potenciais interessados: Ocorre a apresentação da oportunidade, assinatura dos NDAs, envio da process letter e data room. 
  4. Ofertas não-vinculantes: Recebimentos das ofertas não-vinculantes, contendo o  preço e demais aspectos relevantes para o deal. 
  5. Negociação: Escolha em relação às ofertas que avançaram para a próxima fase e com a negociação dos termos propostos. 
  6. Due Diligence: Auditoria completa jurídica, contábil e de negócio, acontece também os Q&As semanais. 
  7. Ofertas finais: Recebimento e análise das ofertas que já contemplam o resultado da due diligence. 
  8. Negociação dos termos finais e signing: Negociação dos termos da oferta final recebida e assinatura. 
  9. Fechamento da transação: Conclusão das condições precedentes, dinheiro na conta, anúncios e plano de integração montado. 
  10. Integração: Período de encaixe entre a empresa compradora e a vendedora, podendo ou não ter metas financeiras atreladas. 

O que diz a pesquisa

Para se ter uma ideia, nesse cenário, em 2021, foram registrados diversas rodadas com valores significativos para marcas como PetLove, Quinto Andar, Cora e Omie, elevando a base de comparação.

O estudo do Distrito apontou que, no acumulado do ano, a tendência da queda irá se manter. Entre os meses de janeiro e agosto deste ano, a captação foi de US$ 3,6 bilhões, 45% menor que os US$ 6,6 bilhões captados nos oito primeiros meses de 2021.

O levantamento ainda mostra que o ticket médio de rodadas iniciais de captação, de Anjo a Série A, tiveram crescimento em 2022. As rodadas de pré-seed aumentaram de US$ 350,6 mil para US$ 788,1 mil, e as Seed mudaram de US$ 1,5 milhão para US$ 2,4 milhões, por exemplo.

Em rodadas que estão mais avançadas foram registradas quedas, como por exemplo, os deals de série D, que caíram de US$ 132,3 milhões para US$ 124,1 milhões.

De acordo com a pesquisa, ainda no mês de agosto, foram realizadas 14 fusões e aquisições, e isso aconteceu com queda em relação a igual período do ano passado, quando ocorreram 21 operações. Em questão de acumulação, os números se mantém estáveis em relação a 2021, com 155 transações no ano passado e 154 este ano.

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